Analyse

A minha banda sonora... e a dos outros (Parte III)

Mas se pessoalmente atribuímos significados muito próprios a certos temas, de tal forma, que se te pedissem que elaborasses uma lista, digamos com dez temas com maior significado pessoal, olhando para estes podiamos tirar algumas conclusões sobre a nossa personalidade, sobre nós (em certa medida explorado no romance "High Fidelity" de Nick Hornby). No entanto por mais profundo que seja o conhecimento de nós mesmos, a forma de como os outros nos vêem acaba por estar envolto num cinzento pouco definido. Aqui o exercício de tentar arranjar uma banda sonora pessoal para os outros acaba por ser engraçada pela forma que mostra como vimos a outra pessoa. Imaginem o dia-a-dia da outra pessoa e tu a imaginares o tema musical que se encaixava ali na perfeição (:D)

A minha banda sonora... e a dos outros (Parte II)

Mas não é algo exclusivo meu. Todos nós temos de alguma maneira uma ou outra música que provoca um determinado efeito em nós, porque algures associamos essa música a um momento, a uma pessoa (no Bom ou Mau sentido), que muito dificilmente conseguiremos dissociar a mesma. Assim tentar arranjar uma "banda sonora" pessoal acaba por ser um exercício pleno de significado, ou senão, imaginem-se "musicando" as vossas vivências tentando dessa forma "colorir" o quadro de sentimentos ligados a um momento ou pessoa.
Como seria poder escolher o "score" do dia-a-dia, desse filme chamado "Vida"? Que edição faria?

A minha banda sonora... e a dos outros (Parte I)

Tenho instantes assim. Tenho dias assim. Tenho fases assim.
Um assim relativo e volátil entre o Bom e o Mau.
Quando isso acontece utilizo uma forma muito particular de terapia; mergulho em toda a minha discografia e ouço compulsivamente tudo e mais alguma coisa, o que o tempo permite, de forma propositada, de forma aleatória, tentando dessa forma tentar perceber melhor o que sinto. É a minha catarse pessoal. É a minha forma de encontrar o meu ritmo, o meu compasso. Talvez seja algo que faça para que de alguma maneira tenha uma espécie de controlo sobre o que sinto (ilusório?provavelmente).

Detalhes

Aqui o "Rei" mostra que quando quer consegue ser superior, senão reparem na letra desta pérola ("... se outro cabeludo aparecer").

Funny Valentine

Pena não conseguir arranjar a versão do Chet Baker (considero a melhor versão da música).

"But still feel Blue!"

Pequenos Prazeres

Por mais cliché que possa parecer, realmente os pequenos prazeres consegues proporcionar grandes momentos. Depois de um jantar soberbo (cortesia do meu progenitor), vou-me refastelar no meu leito de luxúria a beber um belo de chá verde, comer tarteletes caseiras com doce de amora e assistir ao filme Caramel (estou curioso...). Parece-vos bem?...

O Fabuloso Destino da Amélia

Antes de ter iniciado a instrução militar existiam algumas questões pendentes, que na altura achava de extrema pertinência. Das que maior antecipação criavam, visto todo o percurso do nobre ExerPort., de fortes raízes, alicerçadas e interligadas de tal forma que se confunde com a própria história deste cantinho à beira mar plantado, era sem dúvida os insultos que os superiores hierárquicos seriam capazes de lançar aos jovens instruendos que se iniciavam no seio desta instituição.
E não é que para meu espanto, e confesso alguma decepção, apercebo-me que mais de oito séculos de história, se traduz num arrojado Amélia. Sim, sim, o pior insulto que conseguem proferir é chamar-nos Amélias.
*"E esta, héin?"

Bem-vindo ao planeta Terra

Pensei eu para comigo mesmo esta sexta feira última, ao ver-me livre do regime de internato a que voluntariamente me coloquei, regressando "à civilização" tal e qual eu recordava. De facto duas semanas sem o mais básico e elementar dos meios de comunicação como um jornal, um televisor, um acesso à internet pode facilmente converter o mais comum dos mortais a um eremita informativo. E foi bem dificil, saber da eliminação do meu Porto diante o Shalke pela suave voz do Cabo de instrução à uma da manhã que entre outras coisas sussurrou gentilmente "enche vinte agora". Este fim-de-semana em Santarém pude absorver as últimas actualidades deste mundo louco em constante ebulição, divirti-me com a leitura do Correio da Manhã e imaginem só que na loucura até vi televisão. Mas mais importante que tudo este fim de semana reencontrei-me com amigos que já não via à largos meses, coloquei alguma conversa em dia melhor que tudo assisti babado junto com o meu mano à cerimónia de final de curso da nossa Rochinha, linda como sempre, continua a ser o orgulho da "nossa casa".

Be kind...

Rewind é dos filmes de 2008 que antecipo com alguma espectativa. Aqui Michael Gondry tem aparentemente um registo mais brando que em "Eternal Sunshine of the Spottless Mind" embora sem o suporte do argumento de Kaufman (esse a preparar a sua estreia como realizador) e sem a direcção musical de Jon Brion, surge aqui munido de um elenco realmente impressionante, onde faço destaque ao Mos Def que desde do "Hitchhikers guide..." que ando de olho nele porque parece que temos ali um muito bom actor. Espero por ver esta peça de tom ligeiro e descontraído, mas que promete.

I'm not afraid to go but it goes so slow...

Moonlight

Claire de Lune - C. Debussy

Provavelmente do mais belo alguma vez criado pelo Homem. Esta música é duma impossibilidade de adjectivação de tão boa que é! Pena no video o sr. que tosse aos 2:08 não sabia aguentar mais 4 minutos